Pense em um jovem artista que,
para escapar de uma grande guerra, abandona sua pátria, exila-se em outro país
e passa a exercer sua arte em um bar enquanto seu universo é destruído
quilômetros de distância. Agora multiplique isso por vários jovens, acrescente
a rigidez alemã, o savoir-faire francês, a revolta judia, dê ainda uma pitada de
pessimismo, angústia, um toque de irreverência e rejeite qualquer tipo de arte
que tenha conhecido. Ponha um bigode na Monalisa, transforme um mictório em uma
fonte, leia um texto escrito com palavras inventadas e, por último, adote como
lema “destruição também é criação”.... visualizou?
O Dadaísmo, também chamado de a
arte do nada, por não seguir nenhum padrão ou mesmo sentido, foi um movimento
artístico e literário surgido na Suiça no ano de 1916, em plena 1ª guerra
mundial, por um grupo de jovens refugiados que buscava extravasar seu
inconformismo com a destruição da Europa, com o capitalismo. Os Dadaístas
questionavam a existência da arte, rejeitavam as tradições e criticavam o
consumismo, eles eram “do contra”: contra a beleza eterna, contra as leis da
lógica, contra o universal. As
principais características das obras Dadaístas são:
- Irreverência artística
- Combate às formas de arte institucionalizadas
- Ênfase no absurdo e uso de temas sem lógica
- Resignificação de objetos utilitários do cotidiano
- Contradição
- Caos
- Desordem
- Forte caráter pessimista e irônico, principalmente com relação aos acontecimentos políticos do mundo
- Forte conteúdo anárquico
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